LOCALIZAÇÃO DA FÁBRICA IKEA: POSIÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA

quarta, 25 de outubro 2006

Após um longo e conturbado processo, foi finalmente conhecida a decisão final de localização do Grupo IKEA. Existem algumas sombras no processo de escolha e de influência, cuja luz e desenvolvimentos se aguardarão proactivamente. Até lá, gostaríamos de evidenciar apenas os seguintes 4 pontos: IKEA Agradecemos terem colocado Estarreja no centro do mapa empresarial de Portugal e terem reconhecido, com forte promoção, o nosso modelo inovador do Eco – Parque. No mais, respeitamos sempre as opções dos Empresários. É para eles, nacionais e estrangeiros, que o construímos e vamos continuar a trabalhar. Temos de lamentar que a assumida imagem de referência ambiental do grupo sueco fique manchada com esta nódoa de solução forçada com utilização de REN e RAN – quando há excelentes alternativas de localização em espaço industrial como o Eco – Parque de Estarreja. A escolha como eventual localização, primeiro, a adiada e complicada decisão, agora, vêm provar a forte relação que mantivemos com o IKEA e a qualidade da n/ proposta para atracção de novas empresas, mesmo que de grandes dimensões. Novas oportunidades virão. CCDR-Norte A Administração Pública não pode agir ou emitir pareceres em violação dos princípios da imparcialidade e da legalidade. Infelizmente foi exactamente isso que fez a CCDRN ao escrever:”… a sua localização no Município de Paços de Ferreira assume vantagens comparativas, dignas de destaque” (sic). Assim fundamentou o acto de desordenamento do território e de mau ordenamento que possibilita a instalação física da fábrica do IKEA. Ao lado, invocou legislação revogada e uma então inexistente declaração de PIN. Esta atitude, por decisiva para a opção do empresário, é criminosa no seu alcance – daí a nossa profunda indignação: Estarreja também é Portugal (e tem reconhecida alternativa de localização). GOVERNO É indesmentível o interesse nacional neste investimento estrangeiro. Não pode é ser atraído e instalado a qualquer preço ou condições. Grande foi o esforço e o rol de incentivos oferecidos ao IKEA (por certo a fazer justamente inveja a muitos outros empresários) e cujo pacote deve ser divulgado. Em nome desse assumido interesse nacional, o Município de Estarreja não tomou medidas cautelares que pudessem pôr em causa a vinda para Portugal do IKEA. Mas este processo não é bom para a imagem de Portugal e para o funcionamento das instituições. O Governo não pode pactuar com ilegalidades e parcialidades. E os critérios de PIN (Projectos de Interesse Nacional) devem ser mais exigentes em Ordenamento e em Ambiente, até porque o IA, ICN e DGOTDU compõem a Comissão. Aguardamos esclarecimentos oficiais já pedidos ( também sobre a actuação da CCDRN). CCDR Centro Neste percurso importa assinalar o enorme esforço interno para que a Câmara Municipal de Estarreja pudesse apresentar uma proposta consistente e assim considerada pelo IKEA. Muitas outras entidades e pessoas nos ajudaram neste caminho, algumas a quem devemos confidencialidade. Finalmente uma palavra muito devida à CCDR Centro que sempre nos acompanhou / apoiou ao longo destes meses e há muito compreende a mais valia do Eco – Parque de Estarreja, também para a Região. O Eco – Parque de Estarreja continua, hoje, como amanhã, disponível a novas empresas e a cumprir a sua missão no inadiável desenvolvimento económico. E cada vez mais. O Presidente da Câmara Municipal de Estarreja José Eduardo de Matos