Sessão de Boas Vindas aos alunos do primeiro CET em Estarreja

quinta, 15 de março 2007

As entidades parceiras no projecto de formação pós secundária deram as boas vindas aos 18 alunos inscritos no CET – Curso de Especialização Tecnológica em Instalações Eléctricas e Automação Industrial, da Escola Superior Aveiro – Norte, da Universidade de Aveiro.

Universidade, Câmara Municipal, Escola Secundária, SEMA – Associação Empresarial, PACOPAR e Nestlé, fizeram-se representar na sessão que decorreu na tarde de ontem na Biblioteca Municipal. Este foi o primeiro contacto entre as entidades e os estudantes.

Em representação do Município, estiveram o presidente José Eduardo de Matos, e o Vereador da Educação, João Alegria. A Câmara teve todo o interesse em trazer para Estarreja uma aposta fundamental diversificando a oferta formativa ao proporcionar a formação pós secundária.

Esta parceria entre entidades públicas, Universidade de Aveiro e empresas visa a criação de técnicos qualificados sem contudo abdicar da possibilidade destes alunos poderem prosseguir os seus estudos universitários. O director do Programa Aveiro Norte, Oliveira Duarte, sublinhou “a escolha de vida destes jovens que querem um ensino mais prático e um ponto de saída para o mercado de trabalho”.

Na mesma tónica, o representante do Secretariado do PACOPAR – Painel Consultivo Comunitário do Programa Actuação Responsável, Paulo Jorge Almeida, da empresa Cires, referiu que “há maior empregabilidade num curso como o vosso. Se não forem pessoas qualificadas, não vão arranjar emprego. O caminho é este”. As empresas que constituem o PACOPAR (Airliquide, AQP, Cires, Dow e Quimigal) apoiaram “desde a primeira hora este projecto e queremos continuar a apoiar”, garantiu. Estão asseguradas visitas de estudo e estágios curriculares nas empresas aderentes ao PACOPAR e Nestlé.

O CET será objecto de protocolo de cooperação através da criação da Parceria de Formação Especializada do Concelho de Estarreja na qual têm assento a Universidade de Aveiro, Câmara Municipal, Escola Secundária, SEMA – Associação Empresarial, empresas constituintes do PACOPAR e a Nestlé.

Esta parceria visa a implementação de um programa de reforço da oferta formativa profissionalizante e creditável para efeitos de prosseguimento de estudos superiores e de outras acções de formação, tendo como principal mais valia a valorização social e profissional dos jovens e dos activos da região bem como proporcionar ao tecido empresarial do Município de Estarreja o acesso a mão-de-obra qualificada.

As entidades parceiras irão desenvolver um esforço no sentido de promoverem a Unidade de Formação de Estarreja junto de outras empresas com relevo na região com o intuito de cativar novos parceiros, ao mesmo tempo que irão analisar quais os módulos que poderão vir a ser leccionados nesta Unidade com vista à formação/requalificação da actual mão-de-obra, aproveitando a oferta formativa dos módulos dos CETs do Programa Aveiro – Norte.

Na sessão de boas vindas, foi ainda anunciada a criação de duas bolsas de estudo que premiarão a excelência e o mérito com a atribuição de um computador portátil em cada caso. O regulamento das bolsas está já em fase de preparação.

As aulas do CET de Estarreja começaram no início de Fevereiro, nas instalações da Escola Secundária, com um atraso de 3 meses. Oliveira Duarte esclareceu que o motivo da demora se prendeu com a “falta de garantias de financiamento por parte do Ministério da Ciência e do Ensino Superior”. A solução chegou só a 29 de Dezembro, com o despacho do Ministro Mariano Gago confirmar o financiamento dos cursos para 2007.

Hélder Ferreira, de Braga, porta-voz da turma, agradeceu o apoio manifestado pelas entidades. Este jovem, que sempre gostou de electricidade e optou por aprofundar a área, falou das suas expectativas. “Acabar o curso e arranjar emprego numa empresa sólida que dê garantias para o futuro”.

Outro aluno, que veio da área da contabilidade, João Aresta, escolheu este CET por ser um “curso com elevada taxa de emprego e com uma vertente prática acentuada. Este género de cursos são sempre uma mais valia para os jovens que não querem enveredar pelo caminho universitário. Sermos bons profissionais é o triunfo que vamos mostrar no futuro”, garantiu.

Os 18 formandos são provenientes não só de Estarreja e concelhos limítrofes como doutros locais do país como Braga, Figueira da Foz ou Cantanhede. “Gosto de estar cá, esta é uma cidade bem organizada e tenho sido bem recebido”, rematou Gonçalo, um dos estudantes forasteiros.