Necessidades Educativas Especiais: Palestra alerta para a falta de formação

terça, 11 de setembro 2007

Em dia de abertura oficial do Ano Lectivo, os agentes educativos contactaram com alguns dos meios que podem potenciar ao longo do ano, nomeadamente o programa “À Conversa Sobre” e a Casa Museu Marieta Solheiro Madureira, situada na cidade.

A conferência “À Conversa sobre” abordou as necessidades educativas especiais e dificuldades de aprendizagem específicas, com a presença de Helena Serra, coordenadora da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas e vice-presidente da Associação Portuguesa de Dislexia.

A palestrante lançou alguns alertas para uma sociedade que ainda está a falhar perante o indivíduo com deficiência. Intervir precocemente em qualquer tipo de deficiência, ter profissionais competentes, criar condições de acesso a equipamentos e novas tecnologias específicas e contemplar a formação para professores são medidas urgentes que Helena Serra defende.

A insuficiência numérica de técnicos de ensino especial e de psicólogos e a falta de formação dos professores do apoio educativo são lacunas graves do sistema.

A oradora distinguiu 3 tipos de problemas: deficiência, dificuldades de aprendizagem específicas e crianças sobredotadas. Helena Serra considera que “estamos a deixar de lado crianças que não sendo deficientes têm necessidades educativas especiais. O abandono, o insucesso escolar e a marginalidade alimentam-se dos problemas de baixa intensidade mas com alta incidência”, alertou a especialista referindo que estamos a falar de 10 a 15% das crianças do sistema educativo. “As escolas têm que saber lidar com estas crianças que têm direito a respostas certas”, exige.