Filarmonia das Beiras interpreta As Quatro Estações de Vivaldi

sexta, 31 de janeiro 2003

A Câmara Municipal de Estarreja convida toda a população para assistir, no próximo dia 8 de Fevereiro, pelas 21h30m no Auditório Paroquial de Avanca, ao concerto final do Programa Música na Escola, onde será apresentado “As Quatro Estações” de Vivaldi pela Orquestra Filarmonia das Beiras. As Quatro Estações (“Le quattro stagioni”) por Antonio Vivaldi (Veneza, 1678 – Viena, 1741) Concerto n.º 1, “A Primavera”, RV 269, em Mi Maior III. Allegro II. Largo III. Allegro Concerto n.º 2, “O Verão”, RV 315, em Sol menor III. Allegro non molto II. Adagio – Presto III. Presto Concerto n.º 3, “O Outono”, RV 293, em Fá Maior III. Allegro II. Adagio – Presto III. Allegro Concerto n.º 4, “O Inverno”, RV 297, em Fá menor III. Allegro II. Adagio – Presto III. Allegro Notas à obra Estes quatro concertos foram originalmente publicados em 1725, incluídos numa colecção de doze concertos de Vivaldi, sob a designação genérica de Il Cimento dell’ Armonia e dell’ Invenzione (“O confronto da harmonia e da invenção”). As Quatro Estações correspondem aos primeiros quatro desses doze concertos e traziam já as designações que hoje lhes atribuímos – “A Primavera”, “O Verão”, etc. O editor publicou também no mesmo volume os quatro sonetos – um para cada uma das estações – que inspiraram directamente a composição musical. As várias descrições de cada soneto dividem-se assim pelos três andamentos de cada concerto: um rápido, um lento e o final rápido, novamente. O mesmo esquema aplica-se a cada concerto. Presume-se que antes de serem publicados os concertos As Quatro Estações tinham já boa divulgação em vários países da Europa através de cópias manuscritas e sabemos que os mesmos eram extremamente apreciados. Vivaldi adopta e adapta com maestria os esquemas usados na época, dando grande vivacidade e dinamismo aos andamentos rápidos fazendo alternar o solista virtuoso e a orquestra e, nos andamentos lentos, constrói melodias extremamente ternas e cativantes. Escritos para serem eventualmente executados pelo próprio compositor como violinista solista, estes concertos conjugam com equilíbrio o diálogo entre o virtuosismo do solista e o apoio narrativo da orquestra.