Arquivo Municipal preserva Fundo Histórico de Pardilhó

O Arquivo Municipal de Estarreja procedeu à conservação de uma coleção de documentos antigos à guarda da Junta de Freguesia de Pardilhó. Os documentos datam do séc. XIX e inícios do séc. XX e possuem um importante valor histórico e patrimonial para o conhecimento da história daquela freguesia.

terça, 24 de julho 2012

O Arquivo Municipal de Estarreja, no âmbito da sua vertente de apoio às instituições locais, na preservação e recuperação dos seus fundos documentais, procedeu à conservação de uma coleção de documentos antigos à guarda da Junta de Freguesia de Pardilhó. Esta intervenção foi solicitada pelo presidente da autarquia, Manuel Nascimento.

Os documentos datam do séc. XIX e inícios do séc. XX e possuem um importante valor histórico e patrimonial para o conhecimento da história daquela freguesia. Trata-se de vários livros e documentos administrativos, avulsos, produzidos pela Confraria do Santíssimo Sacramento e Junta de Paróquia da Freguesia de S. Pedro de Pardilhó, que se encontravam acomodados ao longo dos tempos em más condições na antiga sede da Junta.

Entre os documentos encontram-se: os  Auto d’Arrematação do Real aplicado para as Obras da Igreja de Pardilhó (1850) o Registo de Rendimentos dos diferentes [sobejoz] do [Santíssimo] Sacramento e demais Confrarias e Irmandades da Freguesia de S. Pedro de Pardilhó (1852), as Cartas da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Pardilhó para a constituição de Escola, os Rendimentos de Propriedades da Confraria do Santíssimo Sacramento da [Freguezia] de S. Pedro de Pardilhó (1804), os Autos de Arrematação de obras mandadas fazer na frente da Igreja de Pardilhó pela Confraria do Santíssimo Sacramento (1902), os Documentos de Correspondência entre o Presidente da Comissão Administrativa da Freguesia de Pardilhó, Padre António Maria de  Pinho, e a Câmara de Ovar aquando da pertença àquele concelho (1926-1928), entre muita outra documentação de interesse para o estudo da história daquela freguesia.

Os documentos encontravam-se em muito mau estado de conservação, demonstrando que ao longo de anos estiverem expostos às mais variadas agruras, físicas e mecânicas. Apresentavam muito pó, manchas de fungos, bolores e rasgões, alguns deles compostos com fitas-colas ácidas e vestígios de grande exposição à humidade que acabou por destruir algumas folhas dos documentos.

Após o diagnóstico da situação de cada unidade documental procedeu-se a um plano de intervenção a realizar aos documentos, no sentido de minimizar a sua deterioração.

Todos os documentos foram alvo uma limpeza mecânica com trincha, folha a folha. Foram removidos os materiais indevidamente colocados nos documentos (colas, adesivos, agrafos). Nas páginas mais deterioradas foi colocada folha A4 branca. No final, cada unidade documental foi envolvida em papel japonês neutro para sua maior proteção e conservação.

No sentido de se preservar aquela riquíssima coleção documental, o Arquivo Municipal instruiu a Junta de Freguesia para os cuidados a terem na sua acomodação bem como as condições em que devem ser consultados pelos investigadores.

De salientar que não foram feitas intervenções de restauro nos documentos, apenas foram feitas intervenções de prevenção e conservação, de forma a atrasar os efeitos de degradação dos documentos.

Até ao presente o Arquivo Municipal tem à sua guarda, para conservação, tratamento e divulgação, os fundos documentais da ADIGESTA, PACOPAR, do jornal “O Concelho de Estarreja”, Escola Primária do Mato e alguns documentos do fundo documental Dr. Desembargador Correia Teles.