Abaixo-assinado de Avanca: Rumor de realojamento não tem fundamento

sexta, 28 de setembro 2012

No seguimento da entrega de uma petição/abaixo-assinado, com centenas de assinaturas, contra um eventual realojamento de cidadãos de etnia cigana na vila de Avanca, o presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo de Matos, convocou os promotores da iniciativa para apurar mais detalhes sobre o insistente boato.

A petição entregue ao presidente da autarquia refere a “possível venda de terreno situado na zona da Fontela a eventuais cidadãos de etnia cigana”, solicitando a José Eduardo de Matos “para que tome as providências necessárias para evitar que esta situação ocorra”.

Legalmente qualquer cidadão pode adquirir bens imóveis nas hastas públicas das Finanças e tentar ai instalar-se, mas até ao presente não há indícios do boato ter confirmação, pelo contrário, foi totalmente desmentido.

Contactados os referenciados serviços da Segurança Social de Braga e de Aveiro, revelou-se sem fundamento o rumor desse alojamento.

 

Acampamento provoca insegurança e insalubridade

Questão paralela tem a ver com as queixas recorrentes dos moradores dos Lugares de Fontela e Areia sobre a insalubridade resultante da vivência de residentes de etnia cigana e a insegurança decorrente.

O abaixo-assinado lembra que na zona da Fontela “já existe um acampamento que nos causa bastante insegurança, pois estão constantemente a assaltar as habitações das imediações”. Os moradores denunciam a existência de“acumulação de lixo, animais mortos, entre outras situações que colocam claramente em causa a saúde pública”.

O presidente do Município deu conta de evidentes dificuldades de resposta integrada, que existe em Portugal, face às diferentes entidades envolvidas, gerando injustiças. Repetiu aos moradores o que há muito se concluiu internamente e foi transmitido superiormente: falta uma autoridade coordenadora nacional.

Quanto à situação descrita, a Câmara Municipal assumiu mais ações internas de acompanhamento e já partilhou o abaixo-assinado com a Delegação de Saúde, Ministério Público e GNR, solicitando a respetiva atenção e intervenção, em termos de saúde pública e de segurança das populações.