Simulacro prepara crianças para situações de emergência

O exercício foi coordenado pela Proteção Civil Municipal

quarta, 12 de junho 2013

Na última quinta-feira, dia 6 de junho, as aulas na Escola João de Deus, em Salreu, foram interrompidas por um sismo. As instalações foram evacuadas, obrigando ao resgate de uma docente que fraturou a perna e de uma aluna desaparecida. Este foi o cenário escolhido e preparado num exercício da Proteção Civil Municipal, a pedido da referida escola, com o objetivo de testar saídas e alertar crianças e adultos para situações de emergência.

O simulacro de sismo na Escola João de Deus envolveu 13 elementos e 3 viaturas dos Bombeiros Voluntários de Estarreja, num exercício coordenado pela Proteção Civil Municipal em resposta ao pedido emitido pela escola no sentido de “perceber a capacidade de resposta face a um perigo”, explica Helena Santos, diretora da Escola João de Deus, instituição com alunos do jardim de infância e 1º ciclo do ensino básico. A responsável pela escola demonstra-se grata por toda a disponibilidade e trabalho desenvolvido. “Sem o apoio da Câmara Municipal não teria sido como foi”, reitera.


Sismo também é risco

A importância deste tipo de exercício foi também realçada por Diamantino Sabina, vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Estarreja, nas palavras que dirigiu a todos os alunos da escola no final da ação, sensibilizando-os para o papel que desempenham como agentes primários da proteção civil. O vereador congratula a iniciativa e a escolha do cenário de sismo - que “não é tão frequente, mas é muito pertinente por ser menos falado” -, não deixando de incentivar à repetição de simulações de emergência em espaço escolar.

A participação da corporação de bombeiros, que demorou apenas 7 minutos a chegar ao local, mostra-se essencial ao longo de todo o simulacro, pela capacidade instantânea de intervenção e pela transmissão de segurança. Ernesto Rebelo, comandante dos Bombeiros Voluntários de Estarreja, que acompanhou o exercício, revela que “o equipamento usado é o que se utiliza numa situação de emergência real”, o que demonstra que as forças de socorro do concelho estão munidas de material adequado para atuar em caso de alarme. Mesmo assim, o comandante considera estes simulacros muito importantes para a equipa “recordar alguns procedimentos e testar material, equipamento, a prontidão na resposta, conhecer a forma como as pessoas reagem e a organização da equipa em diferentes situações".

Os resultados positivos desta ação, quer em termos de procedimentos de segurança como no tempo de resposta célere por parte de todos os intervenientes, levam Marisa Machado, do Gabinete de Proteção Civil e Florestal do Município de Estarreja, a concluir que “todos estiveram à altura e que a formação foi acatada”, referindo-se às sessões de formação dadas a cada turma da escola, pelo gabinete e pelos bombeiros, durante uma semana.