Plano de combate aos fogos florestais

A Comissão Municipal de Defesa da Floresta aprovou o Plano Operacional Municipal e anuncia uma vigilância mais eficaz e articulada durante o período crítico de combate aos fogos florestais

terça, 25 de junho 2013

A Comissão Municipal de Defesa da Floresta (CMDF) aprovou, no último mês, o Plano Operacional Municipal (POM) e anuncia uma vigilância mais eficaz e articulada durante o período crítico de combate aos fogos florestais. As entidades intervenientes esperam que a população cumpra a sua parte, nomeadamente na limpeza das florestas e na não deposição de resíduos.

Elaborado anualmente, o POM é parte integrante do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), sendo uma componente que concretiza a sua operacionalização, em particular para as ações de vigilância, deteção, fiscalização, 1ª intervenção, combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio. “Em termos operacionais, as missões estão distribuídas de forma inequívoca”, ressalva o vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal e presidente da CMDF, Diamantino Sabina.

Conforme explica o responsável, prevê-se ainda uma “maior comunicação e articulação entre as forças intervenientes, nomeadamente no que respeita à vigilância. A informação sobre a existência de equipas no terreno é enviada diariamente pelo Gabinete Técnico Florestal (GTF) da autarquia à GNR, que coordena a vigilância, a fim de uma maior e mais eficaz vigilância e aproveitamento de recursos”.

Este ano o programa de voluntariado jovem de vigilância florestal denominado “Juntos pela Floresta, todos contra o fogo no concelho de Estarreja”, promovido pela autarquia, vai voltar ao terreno. A Câmara irá ainda aumentar a frequência de rotinas de prevenção por parte do piquete do SMPC – Serviço Municipal de Proteção Civil.

Este ano, o POM inclui a Cartografia de Apoio à decisão com as orientações emanadas pelo ICNF. A cartografia é impressa à escala 1:15000 sobre ortofotomapa e sobre carta militar, contendo os pontos de água, rede viária, linhas de água, locais estratégicos de estacionamento e setor territoriais, sendo conforme sublinha o autarca “um instrumento importante para quem está no terreno – o COS (Comandante de Operações de Socorro) – e no teatro de operações”.


Prevenir e atuar com o empenho de todos

Estarreja é um concelho do tipo T3, ou seja, caracteriza-se por ter muitas ocorrências e pouca área ardida. Quanto à causalidade de incêndio, a negligência é a principal causa apontada por isso “o envolvimento e a sensibilização da população na prevenção dos fogos florestais é de extrema importância”, salienta Diamantino Sabina, sensibilizando os cidadãos para a limpeza das suas propriedades florestais, para a não deposição de lixos e para a denúncia de situações de risco.

Nesta matéria, o apelo é também dirigido aos madeireiros para que não abandonem sobrantes de exploração no terreno até que sequem, obstruindo caminhos, um sério problema com que se debatem todos os anos as forças de combate aos incêndios. Para evitar o pior, Diamantino Sabina apela mais uma vez aos madeireiros para que mantenham os caminhos de acesso tal como os encontraram, sem os tornar intransitáveis. É proibida a deposição de sobrantes na Faixas de Gestão de Combustíveis.

“Só com o envolvimento de todos é que é possível prevenir e atuar de forma rápida e eficaz”, reforça mais uma vez Diamantino Sabina. “Não podemos achar que a questão dos incêndios não é um problema nosso ou que compete apenas aos agentes de proteção civil. Todos temos um papel a desempenhar”.

A CMDF de Estarreja é presidida pelo vereador da Proteção Civil, sendo constituída pelas seguintes entidades: Câmara Municipal, Autoridade Militar (RE3), Guarda Nacional Republicana (Destacamento Territorial de Ovar), Bombeiros Voluntários de Estarreja, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, AFBV, Cooperativa Agrícola de Estarreja e as Juntas de Freguesia.