90 Anos depois da primeira angiografia, a obra de Egas Moniz vai ficar eternizada num monumento assinado por Albano Martins.

28 de junho de 2017 - noventa anos após a invenção angiografia cerebral - é inaugurada a escultura que homenageia Egas Moniz, na Quinta do Marinheiro, na sua casa de Avanca.

sexta, 30 de junho 2017


O monumento, da autoria de Albano Martins, representa a figura de Egas Moniz em bronze, ladeado por imagens em granito, que exibem as primeiras angiografias feitas pelo cientista ao cérebro humano. A estátua pode ser vista no jardim da Quinta do Marinheiro, junto ao lago, na Casa Museu. Segundo o escultor “é um conjunto simples, criado a partir de elementos naturais, é um todo que reivindica o espaço e o tempo, convida a entrar e a percecionar as diferentes partes, a árvore que se ergue da terra, o homem, o médico, o amante da terra e da sua terra.

A Câmara Municipal de Estarreja entendeu fazer este memorial a Egas Moniz de forma a marcar esta data”, revelou Diamantino Sabina, acrescentando que “este é um feito notável na história da medicina”.

Também a Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia se associou a esta efeméride, duas semanas depois de Estarreja ter sido palco da BrainWeek’17 – Semana do Cérebro e do Congresso Nacional de Neurorradiologia, que decorreu entre 31 de maio e 6 de junho. Pedro Melo e Freitas, o Secretário-Geral da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia, é da opinião que “este é um monumento que traduz, em várias perspetivas, aquilo que foi o percurso de Egas Moniz”.

Presente na cerimónia esteve o sobrinho neto de Egas Moniz, António Macieira Coelho, que não poupou elogios ao trabalho de Albano Martins. “O escultor conseguiu trazer à atualidade Egas Moniz, através de um magnífico trabalho”, disse o familiar do cientista, visivelmente emocionado na quinta onde brincou, verões sem conta, com o seu tio Egas.