Alertar os jovens para a violência no namoro

segunda, 26 de fevereiro 2018


Ter jovens mais atentos aos primeiros sinais da violência no namoro é um dos objetivos da CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Estarreja que tem promovido sessões de prevenção e de sensibilização para esta problemática nas escolas.

 

A realidade não é animadora e urge agir junto desta camada da população. Recorde-se que mais de metade dos jovens já sofreu atos de violência no namoro e mais de dois terços aceitam como normal algum dos comportamentos violentos na intimidade (estudo realizado pela UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta).

 

Na semana em que se celebrou o Dia de S. Valentim, a Escola Secundária de Estarreja acolheu, no dia 16 de fevereiro, sessões de informação intituladas “Estou atent@ à violência no namoro”, no âmbito do “UNLOVE UNPOP”, um projeto do MDM - Movimento Democrático de Mulheres.

 

Para além de procurar sensibilizar para o problema da violência no namoro, estas sessões promovidas pela CPCJ alargada, com especial empenho da representante do Ministério da Educação, em parceria com o MDM, a que assistiram 80 alunos dos 10º, 11º e 12º anos, procuram dotar os jovens de ferramentas que lhes permita saber identificar e denunciar essas situações.

 

Perante agressões físicas e psicológicas, os jovens têm, muitas vezes, dificuldades em procurar ajuda para solucionar o problema, portanto é necessário alertar os jovens, “de forma a prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, a saúde, a formação ou educação”, refere a Vereadora da Ação Social e Inclusão, Isabel Simões Pinto, na qualidade de Presidente da CPCJ.

 

A CPCJ, na sua modalidade alargada, tem um papel fundamental ao nível da prevenção, pugnando por um desenvolvimento integral das crianças e jovens. Com este tipo de ações, e com esta já consolidada parceria com o MDM, a CPCJ de Estarreja pretende “promover uma cultura de igualdade, de desconstrução de linguagens e discursos abusivos e de violência, com recurso às novas tecnologias, que cada vez mais são parte do quotidiano do mundo imaginário da juventude”, explica Isabel Simões Pinto.