Pardilhó vence Marchas de Santo António
“A Marcha bela e bairrista”, de Pardilhó, com o tema “As Colheitas” recolheu mais uma vitória nas Marchas Populares de Santo António de Estarreja. O Grupo de Música Tradicional Portuguesa Ventos da Ria sagra-se assim tetracampeão, entre 6 marchas concorrentes.
Na véspera de feriado municipal, 6 centenas de figurantes desfilaram trajados a rigor e dançando com coreografias inspiradas nos mais variados temas, perante uma plateia de milhares de espectadores que na noite da passada terça-feira encheram a Praça Francisco Barbosa para festejar o santo padroeiro do município.
A Associação de Pais da Escola do Agro apresentou um desfile sobre a Imprensa Regional, que lhe valeu o 2º lugar. A Banda Bingre Canelense trouxe nos arcos histórias da Ria de Aveiro alcançando o 3º lugar com os “Cricos ao Ribeiro”, sobre a venda do berbigão junto ao esteiro.
As tradicionais Marchas Populares integram as Festas de Santo António e do Município, sendo que a Câmara Municipal de Estarreja este ano atribuiu um apoio aos grupos no valor de 19 euros por figurante, reforçando o recuperar desta tradição tão popular, envolvendo marchantes de todas as idades, com muita música, cor e alegria.
Imagens das Marchas http://www.cm-estarreja.pt/fotografias.php?cat=140
: Classificação e prémios
1º Lugar – Grupo de Música Tradicional Portuguesa Ventos da Ria (500 €)
2º Lugar – Associação de Pais da EB1 e Pré do Agro – “Imprensa Regional” (300 €)
3º Lugar – Sociedade Recreativa e Musical Bingre Canelense – “Cricos ao Ribeiro” (150 €)
: As letras das Marchas
Grupo de Música Tradicional Portuguesa Ventos da Ria - “As Colheitas”
Chega Setembro, o sol a pino,
Faz-nos vibrar tanta beleza!
Os campos verdes são como um hino
Que a terra canta à Natureza.
E as nossas almas, no mesmo enleio,
Vão extravasando esta alegria:
Cantam à Terra, que no seu seio,
Guarda o pão nosso de cada dia.
Refrão
E a nossa marcha, bela e bairrista,
Leva consigo a força e o calor
Que o nosso povo sempre conquista,
Com mais trabalho, com mais amor… (bis)
Espigas doiradas, ver é um gosto!
São o maná do nosso povo:
E os cachos cheios do vinho mosto
Que nos dá vida e sangue novo.
Nas desfolhadas e nas vindimas
Pomos a alma e o coração
E na alegria das nossas rimas
Vamos colhendo o vinho e o pão.
Refrão
Letra Domingos Diogo
EB1 e Jardim-de-infância do Agro - "Jornais de Estarreja”
Refrão
Olha o jornal sempre a informar
É de Estarreja, concelho com tradição
Na imprensa tem como mais ninguém
Boas notícias que nos falam ao coração
Nesta cidade, com cultura e tradição
A brincar no Santo António
Faço subir o balão
Com alegria e muita satisfação
Apregoamos jornais com orgulho e gratidão
Ó e Ó ai, vou saltar uma fogueira
Ó e Ó ai, vou dançar a noite inteira
Bis
E vou ao quiosque para ver os jornais
Que nos dão notícias destes arraiais!
Refrão
Ó e Ó ai, nesta marcha popular
Os jornais da nossa terra tem poemas de encantar
Ó e Ó ai, as notícias vão e vêm
Com os jornais de Estarreja que as levam mais além
Ó e Ó ai, vou saltar uma fogueira
Ó e Ó ai, vou dançar a noite inteira
Bis
E vou ao quiosque para ver os jornais
Que nos dão notícias destes arraiais!
Refrão
Banda Bingre Canelense - “Cricos ao Ribeiro”
Lá vai Canelas com maresia,
Traz nos seus arcos histórias da nossa Ria:
- Venda de cricos no nosso esteiro
Fazia acorrer o povo ao Ribeiro.
Chega a bateira erguendo a proa,
Berço e casa desta gente marinhoa,
Vem adornada de algas e cricos,
Hoje é cantada na noite dos manjericos,
Toca o búzio e arrulha,
Solta-se o bravo pregão,
Saem as mulheres para a rua,
À compra do berbigão.
Na cintura o alguidar,
Na algibeira o dinheiro,
Vamos todos a comprar,
Cricos ao nosso Ribeiro.
Tens por medida o escoadouro,
Para vender o mais precioso tesouro,
Ó Marinhão, são os teus crivos,
Que roubam das águas os famosos cricos.
Cricos e broa que iguaria,
O bom petisco que oferece a meiga Ria,
Abençoado teu leito seja,
Pelo Santo António de Estarreja.
Escola das Laceiras - “Laceiras canta o Fado”
Vem na marcha dá-me o braço, põe a alma no balão
Laceiras acerta o passo, no bater do coração
Todo o mundo se levanta, quando baila a nossa escola
Que as crianças quando cantam,
Põe nos pés e na garganta, toda a alma que apregoam
Refrão
Vai passar a nossa marcha
Gira, gira, Gira, gira
Não há tão gira e tão bela
Tem a graça das violas
Gira, gira, Gira, gira
E o bailar de uma chinela
De Salreu até às trilhas
Gira, gira, Gira, gira
E a marcha é gira e não cansa
É o fado das meninas
Gira, gira, Gira, gira
Chamado fado da esperança.
Fui queimar uma alcachofra, de manhã já estava em flor,
Mal de amor não há quem sofra, se namora um pescador
É o santo quem destina, o destino à nossa marcha
É a Amália quem ensina, que o fado da esperança
É o amor e uma viola
Refrão (2 vezes)
Associação Cultural e Recreativa do Roxico – “Os Namorados”
Olha o balão, na noite de Santo António
Para poder dançar bastante com quem tenho à minha espera
Ó-i-ó-ai, pedi licença ao meu Pai, e corri com um estudante
Que ficou como uma fera
Ó-i-ó-ai, fui comprar um manjerico
Ó-i-ó-ai, vou daqui pró bailarico
E tenho um gaiato aqui ao meu lado,
Que é mesmo o retrato do meu namorado
E tenho um gaiato aqui ao meu lado,
Que é mesmo o retrato do meu namorado
Toca o fungagá, toca o Sol e Dó,
Vamos lá, nesta marcha a um fulambó
Toca o fungagá, toca o Sol e Dó,
Vamos lá, nesta marcha a um fulambó
(adaptado do original Olh'ó Balão (o Balãozinho), de Beatriz Costa)
Escola de Samba Vai Quem Quer – Os Espantalhos
Anda o pardal ladrão
A picar o chão
Atento à semente
Rouba um pouco de grão
Não liga ao papão
que ao lado está “gente”
Espantalho de tecido
Com palha e colorido
Que pensa assustar
A passarada
Estático no campo
Percebeu no entretanto
Da figura que já foi
Ultrapassada
Refrão
A ave não tem
Medo do papão
Pica novamente
Vai buscar o grão
Vai buscar o grão
Pica novamente
Não presta atenção
Que ao lado está “gente”
Letra Cristina Silva
Musica Marcha do Pião das Nicas / Genérico de Carlos Paião
Reportagem Notícias Ribeirinhas
http://www.ribeirinhas.pt/2012/06/13/marchas-de-santo-antonio-com-milhares-de-pessoas-na-rua/
