GESTÃO DO ECO PARQUE EMPRESARIAL: CÂMARA APROVA "PARQUESTA"

sexta, 10 de setembro 2004

A Câmara Municipal de Estarreja aprovou a constituição da PARQUESTA – Gestão de Parques Empresariais de Estarreja, S.A., os respectivos estatutos e o acordo parassocial a assinar entre as entidades que a constituem. O Município considera que a gestão das actividades a exercer no Eco – Parque Empresarial de Estarreja, actualmente em construção (FOTO) sendo o primeiro do género a instalar no País, deverá ser desempenhada por uma organização especializada e profissional, assente num modelo de parceria entre organizações/entidades com competência na matéria e/ou representativas do tecido empresarial da região. Paralelamente, o Município pretende constituir uma ALE – Área de Localização Empresarial, cujo regime legal impõe a entrega da gestão a uma empresa com experiência. A ALE faculta vantagens acrescidas na agilização do licenciamento, no financiamento à instalação e no incentivo à criação de novas empresas. Neste contexto surge a PARQUESTA, com sede na Rua das Comunidades Portuguesas, Beduído, cujo objectivo é desenvolver e gerir parques empresariais e áreas de localização empresarial. A sociedade PARQUESTA é constituída por 4 entidades: O Município de Estarreja que mantém o direito de propriedade sobre os terrenos do Eco – Parque Empresarial de Estarreja, procedendo à sua venda e definindo o preço, detém 41% do capital social. Sobre esta matéria, o Vice Presidente do Município, Abílio Silveira, esclarece que “o parque será sempre do Município de Estarreja, porque é a Câmara a proprietária dos terrenos, que decide os preços e o tipo de empresas a instalar”. A APIPARQUES (da API – Agência Portuguesa para o Investimento, empresa de capitais públicos) será detentora de 51% do capital social, como requerido pelo Estatuto das Áreas de Localização Empresarial. O Município defende uma estratégia comum das áreas industriais concelhias e reconhece que a APIPARQUES reúne as condições para a prossecução desse objectivo, pois também tem em curso um processo de transferência de propriedade e gestão do actual Parque Empresarial da Quimiparque, situado na área do Complexo Químico de Estarreja. A SEMA – Associação Empresarial, representativa do tecido empresarial dos Concelhos de Estarreja, Murtosa, Albergaria – A – Velha e Sever do Vouga, e a AIDA – Associação Industrial do Distrito de Aveiro representam a ligação ao meio empresarial local e regional e detêm, cada uma, 4% do capital social. Por sua vez, a Universidade de Aveiro participará no projecto, integrando o corpo de accionistas ou presidindo ao Conselho Consultivo. De acordo com os estatutos, o capital social da PARQUESTA será de 50 mil euros e corresponde à soma de 10 mil acções no valor de 5 euros cada. Os órgãos sociais serão o conselho de administração, a assembleia-geral e fiscal único. Está também prevista a criação do conselho consultivo. O Conselho de Administração, presidido pela Câmara, conta com representantes da APIPARQUES, SEMA E AIDA. As entidades envolvidas neste processo vão assinar um Acordo Parassocial onde manifestam a sua intenção de participar e investir na sociedade “PARQUESTA, S.A” com o objectivo de desenvolver uma estratégia empresarial comum no Concelho e de constituir uma ALE – Área de Localização Empresarial. Com este acordo, torna-se possível vir a integrar neste projecto o actual Parque Empresarial da Quimiparque, cuja gestão estratégica tem sido dirigida desde o Barreiro. Processa-se assim “uma inversão nessa histórica situação permitindo que, pela primeira vez em meio século, o Município tenha finalmente uma palavra a dizer também na gestão dessa área industrial”, destaca o Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo de Matos, que revela que essa zona será alvo de “um Plano de Pormenor que permitirá a sua regularização e futura reabilitação”. Devidamente infra estruturado, o futuro Eco Parque Empresarial de Estarreja permitirá partilhar infra estruturas e equipamentos de apoio à actividade empresarial, bem como racionalizar investimentos e reduzir custos de operação e manutenção. Promovendo a cooperação, o conjunto de empresas obtém benefícios colectivos. A PARQUESTA irá assegurar a gestão de um conjunto de serviços comuns de promoção e apoio à gestão do Eco Parque, tais como, a conservação e manutenção de infra estruturas e equipamentos de serviços públicos comuns, limpeza e arruamentos, espaços verdes, sinalização, recolha do lixo, vigilância de áreas comuns e coordenação de serviços públicos (água, energia, telecomunicações). “Não queremos ter apenas mais um parque. Queremos ser diferentes, melhores, ambiciosos e apresentar uma situação de vantagem e diferença em relação aos parques existentes, potenciando a vinda de investidores e empresas”, diz Abílio Silveira ao justificar a opção agora tomada. “O Eco Parque vai ter mais valias, vai estar organizado e prestar serviços a empresas que mais parque nenhum do país presta”.