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Jornadas do BioRia: Autarca reclama protecção urgente da Ria
A gestão da Ria de Aveiro continua em “ponto morto”. O presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo de Matos, critica a indefinição existente em torno da gestão da zona lagunar e lamenta que o Governo agende só para 2008 uma solução para a Ria. O autarca falava na abertura das 1as Jornadas do BioRia sobre a sustentabilidade das zonas húmidas e perspectivas para a Ria de Aveiro.
O presidente do Município reclama a criação de uma entidade gestora, reivindicada há 10 anos. José Eduardo de Matos relembrou ainda o desafio aos deputados eleitos por Aveiro para que levem o assunto à Assembleia da República porque a “Ria não tem cor partidária”.
A Câmara Municipal tem “feito de pronto-socorro na defesa de motas e margens quando não tem competência para actuar”, salientou. A maior amplitude das marés, decorrente das obras de expansão do porto de Aveiro, têm vindo a piorar a situação com a crescente salinização dos campos agrícolas, a erosão das margens e o assoreamento dos canais.
Por sua vez, o projecto BioRia espera, desde 2005, pelo financiamento da 2ª fase. José Eduardo de Matos afirmou que o projecto “devia merecer o máximo de atenção e sensibilidade por quem nos governa”.