Incubadora de Estarreja dá vida a novas empresas

quarta, 02 de junho 2010

Essa é a missão da Incubadora de Empresas de Estarreja, que já está a acolher dois casos de jovens empreendedores nas áreas do design e transportes. Com 7 salas de gestação, a Incubadora foi inaugurada pelo presidente da Câmara Municipal, José Eduardo de Matos, com a presença do Vice-Reitor da Universidade de Aveiro (UA), Carlos Neto.

“Aposta nas ideias criativas e no estímulo à inovação. Eis a base de criação no Antigo Colégio de um espaço que potencie o acreditar em projectos próprios, numa resposta a quem procura lançar novas propostas ao mercado e necessita de uma base de partida”, afirmou o autarca estarrejense durante a sessão de inauguração. A Incubadora abre as portas a novos projectos, produtos e serviços baseados em tecnologia inovadora.

O autarca sublinha ser esta uma alternativa ao Eco-Parque, fruto do “trabalho de grande colaboração entre as duas instituições (CME e UA) que possibilita que estejamos aqui”, uma vez que o Pólo de Estarreja está inserido na “Incubadora em Rede”, um projecto que resulta da parceria dos municípios e da UA, no contexto da Região de Aveiro – Comunidade Intermunicipal.

Para além das condições físicas, a Incubadora oferece um conjunto de serviços como orientação técnica, acompanhamento na elaboração do Plano de Negócios, ou aconselhamento jurídico, contabilístico e financeiro. “Há quem queira arriscar, perceba que tem capacidade, ideias e criatividade e ficamos satisfeitos por poder dar condições para que isso aconteça”, conclui José Eduardo de Matos.

CRIAR E INOVAR

Paulo Martins encontrou na incubadora a hipótese “de criar a minha própria oportunidade. Aqui deram-se essa oportunidade de desenvolver o meu próprio projecto”. Lidera uma empresa de design que está em fase de incubação desde Fevereiro e aguarda a decisão de apoio ao seu plano de negócio para constituir a empresa. Caso contrário, “teria de fazer o que fazem as pessoas da minha área, a trabalhar em casa com computador no quarto e tentar chegar às pessoas”, disse o jovem empreendedor. O período máximo de incubação é de 3 anos.

A plataforma de serviços de incubação é baseada no know-how e nas competências detidas pela GrupUNAVE, da UA, de forma a que a instalação destes serviços em Estarreja contribua para a alavancagem e consolidação da actividade empresarial e para a inovação do tecido empresarial local.

“Trazemos connosco a aprendizagem propiciada por esta forma de dar vida a empresas e organizações”, afirmou Carlos Neto, vice-reitor da UA. Quando mais de 70% das novas empresas morre poucos anos depois da sua criação, “a cooperação dos municípios com outros agentes de inovação (universidades, associações empresariais entre outras) e partilha das suas múltiplas valências afigura-se como uma oportunidade única de consolidação da cultura do empreendedorismo e inovação no tecido económico regional”, declarou.

A incubadora em rede tem a missão “da contribuição para o desenvolvimento e rejuvenescimento do tecido económico regional, maximizando as sinergias geradas em rede através do apoio ao desenvolvimento de novos projectos empresariais, bem como à modernização das empresas existentes”.