ACES do Baixo Vouga III tem o 2º melhor desempenho nacional

quinta, 15 de setembro 2011

O ACES do Baixo Vouga III é o mais eficiente da região centro e surge destacado no panorama nacional. O Agrupamento dos Centros de Saúde de Estarreja, Murtosa e Ovar teve o melhor desempenho da ARS – Administração Regional de Saúde do Centro, entre 14 ACES, e é considerado o segundo melhor agrupamento a nível nacional. É uma das conclusões da Análise da actividade de 2010 dos Agrupamentos de Centros de Saúde, elaborada pela ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde.

O presidente do Conselho da Comunidade do ACES do Baixo Vouga III (um dos organismos introduzidos pela recente reforma dos cuidados de saúde primários), José Eduardo de Matos, comenta com satisfação que “estes resultados mostram como a natural dedicação dos profissionais da saúde  gera resultados que são reconhecidos oficialmente e criam confiança nas populações”.

Para o também presidente da Câmara de Estarreja, a futura redução orçamental de 10% para todos os ACES “beneficia os menos cuidadosos, mas será um desafio para aqui se fazer ainda melhor com menos”.

Para o director executivo do agrupamento, Manuel Sebe, “o posicionamento do ACES Baixo Vouga III é um factor de regozijo e ao mesmo tempo de enorme responsabilidade. É necessário dar os parabéns e manifestar o reconhecimento a todos os profissionais do ACES Baixo Vouga III. É a tradução do trabalho esforçado com elevado empenho de uma equipa de profissionais das diversas áreas de competência do ACES Baixo Vouga III, que abraçaram o projecto de Reforma dos Cuidados de Saúde Primários e que, apesar da exiguidade dos recursos humanos, materiais e físicos, atingiram patamares de eficácia e eficiência dignos de registo”.

No relatório anual, apresenta-se o panorama nacional relativamente ao processo de contratualização e evolução da actividade realizada nos CSP (Cuidados de Saúde Primários) no ano de 2010. No desempenho por região, tendo como base 14 indicadores nacionais, o ACES do Baixo Vouga III surge numa posição destacada.

São avaliados indicadores como a taxa de utilização global de consultas médicas, a percentagem de primeiras consultas na vida efectuadas até aos 28 dias ou a percentagem de inscritos entre os 50 e 74 anos com rastreio de cancro do colo rectal efectuado.

Manuel Sebe adianta que durante o corrente ano de 2011 houve desenvolvimento no processo organizacional que vai evoluindo no sentido da completa constituição em Unidades Funcionais do ACES.

Reorganização vai continuar

Para o concelho de Estarreja, “está prevista a abertura de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) “TERRAS do ANTUÔ que abrange as freguesias do sul do concelho, Salreu, Canelas e Fermelã, com toda a população com Médico de Família atribuído”, avança o director executivo.

Paralelamente, vão ser criadas duas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, que abrangerão Beduído e Veiros, UCSP “ESTARREJA CENTRO”, e Avanca e Pardilhó, UCSP “ESTARREJA NORTE”, que Manuel Sebe espera que “evoluam para USF uma vez que irão funcionar com as mesmas regras”.

Está prevista a abertura de uma USF “LAÇOS” em Ovar que congrega as freguesias de Cortegaça, Maceda e Arada, no final do corrente ano, “o que vai completar a cobertura do concelho com estas unidades com atribuição de médico de Família a toda a população”. No que respeita à Murtosa aguarda-se mobilidades de profissionais para a evolução da candidatura apresentada à constituição da USF “MURTOSA”.

Para além destas Unidades Funcionais, “estão já a funcionar em pleno”: o Conselho da Comunidade com várias reuniões já efectuadas; a URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados, que apoia todo o ACES com Psicólogo, Nutricionista, Fisioterapeuta, Higienista Oral e podologista; a USP – Unidade de Saúde Pública e a UAG - Unidade de Apoio à Gestão.

As UCC – Unidades de Cuidados na Comunidade estão em fase de implementação. Já existem duas ECCI – Equipa de Cuidados Continuados Integrados, que fazem a ponte entre os CSP e a Rede Nacional de Cuidados Continuados.

O responsável do ACES refere que “a nossa carência da sede do ACES e de mais recursos humanos na área técnica de gestão, clínica, enfermagem e assistentes clínicos, limita a obtenção de melhor desempenho”.

Com os olhos postos no futuro, Manuel Sebe informa que “vamos dar início ao Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Recto e melhorar toda a cobertura assistencial a referenciação aos Cuidados Diferenciados”, sem descurar a necessária “racionalização de práticas e controle de custos, pois com serviços mais organizados eficazes e eficientes se prestam melhores cuidados à população pela qual somos responsáveis”.

 

O relatório está disponível na internet em:
http://www.acss.min-saude.pt/Portals/0/RelatórioACES_2010_VFinal_11082011.pdf