Protecção Civil Municipal: Incêndio em fase de rescaldo

quarta, 12 de outubro 2011

No concelho de Estarreja estima-se que os incêndios que deflagraram nos últimos dias, em 3 zonas distintas, tenham consumido mais de 20 hectares de terreno. Contudo, o levantamento da área ardida será feito após a extinção do fogo pela GNR, com a colaboração do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal. Esta quarta-feira registou-se um reacendimento que se encontra em fase de rescaldo na zona do Canedo de Além, Veiros.

Desde o dia 7 e até ao final do dia 10 de Outubro, última segunda-feira, estiveram envolvidos 259 homens e 59 viaturas no combate aos incêndios e sucessivos reacendimentos, que afectaram os concelhos de Estarreja e Murtosa.

O Vereador da Protecção Civil, Diamantino Sabina, no âmbito das suas competências, acompanhou e a actuou no Teatro de Operações, mobilizando o Serviço Municipal de Protecção Civil, o Gabinete Técnico Florestal e o Sector de Espaços Verdes, tendo a autarquia disponibilizado meios como a retroescavadora e cisterna para a criação de zonas de contenção, desobstrução de caminhos, corte de vegetação infestante e apoio ao rescaldo.

“A protecção civil municipal tem acompanhado de perto o Teatro de Operações e dentro daquilo que nos é permitido fazer, vimos disponibilizando meios, que, aliás, se têm revelado muitíssimo úteis no apoio ao combate aos incêndios”, informa Diamantino Sabina que mantém permanente contacto com as entidades de protecção civil.

O Vereador da Protecção Civil Municipal considera que “o evoluir das ocorrências, pese controladas, gera alguma preocupação. Os reacendimentos são muitos, pois a manta morta abunda e por vezes temos razões para desconfiar de mão criminosa. Vamos continuar atentos”.

O fogo atingiu Pardilhó, a norte do caminho dos Moleiros; Beduído, a poente da Zona Industrial; Veiros, no lugar do Canedo; e já no concelho da Murtosa, no Bunheiro, a zona da Lagoa. A sul do concelho, foram afectadas as freguesias de Beduído, Salreu e Canelas, na zona das marinhas.

Estiveram presentes 12 corporações: Bombeiros Voluntários de Estarreja, Vagos, Ílhavo, Albergaria, Santa Maria da Feira, Bombeiros Novos de Aveiro, Bombeiros Velhos de Aveiro, Murtosa, Espinho, Espinhenses, Ovar e Oliveira de Azeméis. De registar os apoios da população com cisternas particulares e de empresas, nomeadamente da Cires e Dow.

Diamantino Sabina enaltece a acção dos soldados da paz e a colaboração da GNR, pois o estado de abandono das propriedades fomenta e alimenta estes fogos, beneficiados pela massa de ar quente que este Outubro invadiu Portugal.


BioRia sem consequências graves

Os fogos registados na zona dos percursos do Bioria não tiveram impacto significativo na biodiversidade local, nem causaram prejuízos nas estruturas de apoio aos visitantes.

Norberto Monteiro, coordenador do projecto Bioria, explica que "a época de nidificação já terminou e o número de espécies é, actualmente, muito reduzido, porque as espécies estivais que aqui se reproduziram já partiram para África”, adiantando que "dadas as circunstâncias foi um mal menor, porque se os fogos fossem na Primavera ou no Verão, teriam consequências gravíssimas”, nomeadamente para as espécies em vias de extinção como a Garça-vermelha.