Qualificação da zona ribeirinha é uma realidade

Duas empreitadas de qualificação da frente lagunar de Estarreja, no âmbito da intervenção da Polis Litoral Ria de Aveiro avançam, abrangendo 5 ribeiros e esteiros do Município. A primeira já no terreno está a melhorar o Esteiro de Estarreja, o Ribeiro de Salreu e o Ribeiro de Canelas. A segunda empreitada, agora lançada, vai beneficiar o Cais da Ribeira de Mourão e o Cais da Ribeira de Veiros.

quarta, 24 de julho 2013

Duas empreitadas de qualificação da frente lagunar de Estarreja, no âmbito da intervenção da Polis Litoral Ria de Aveiro avançam, abrangendo 5 ribeiros e esteiros do Município. A primeira já no terreno está a melhorar o Esteiro de Estarreja, o Ribeiro de Salreu e o Ribeiro de Canelas. A segunda empreitada, agora lançada, vai beneficiar o Cais da Ribeira de Mourão e o Cais da Ribeira de Veiros.

 

Esteiro de Estarreja, Ribeiro de Salreu e Ribeiro de Canelas

Finalmente está a decorrer a intervenção no histórico Esteiro de Estarreja”, afirmou o vereador das Freguesias, Diamantino Sabina, numa visita ao local para avaliar o andamento das obras, acompanhado pelo presidente da Junta de Freguesia de Beduído, José António Marques.

Em tempos o 2º maior porto de sal da Ria de Aveiro, o Esteiro de Estarreja foi gradualmente perdendo importância e qualidade ambiental, exatamente o que se pretende reverter com a recuperação agora em curso e inserida numa empreitada de 490 mil euros.

A limpeza do canal e a recuperação e estabilização das margens são as principais obras previstas para o Esteiro de Estarreja. Prevê-se a recuperação das muralhas existentes e a limpeza superficial do esteiro, para além da intervenção ao nível do coberto vegetal e a criação de passadiços entre as duas margens. A intervenção estará concluída em setembro.

A sul do concelho, agora pela via da Polis, é dada continuidade à recuperação iniciada pela Câmara Municipal em Canelas – interligando com a Estação Viva e o Parque Álvaro Nora – e pela Junta de Freguesia em Salreu, potenciando a sala de visitas do BioRia.

No Ribeiro de Canelas, vai-se avançar para o arranjo do esteiro velho, nomeadamente a parte dos caminhos, arranjo das margens, ligação dos diferentes espaços existentes e criação de miradouros junto à água.

Em Salreu, destaca-se a criação de um sistema de passadiços que entra pelos arrozais e  a recuperação de um edifício adquirido pela Câmara Municipal. Localizado no largo do Esteiro, essa edificação antiga, e em tempos utilizada como armazém de sal e junco, vai ser recuperada a transformada num espaço de apoio ao BIORIA.

Nos casos de Canelas e Salreu, trata-se da 2ª fase da intervenção, sendo que a primeira foi executada pela Câmara Municipal de Estarreja e Junta de Freguesia de Salreu, respetivamente.

Estes ribeiros e esteiros, que são parte intrínseca daquilo que é o ‘Povo Marinhão’, já viveram tempos áureos quando a Ria servia de autoestrada a mercantéis e moliceiros. Com as merecidas obras, ficarão estes espaços bem mais aprazíveis, convidando-nos a agradáveis passeios e convívios à beira ria”, afirmou Diamantino Sabina, dando-se “um passo firme no sentido de voltarmos a virar Estarreja para a Ria”, conclui.

 

Cais da Ribeira de Mourão e da Ribeira de Veiros

A decorrer está o concurso público para a empreitada de Reordenamento e Qualificação da Frente Lagunar de Estarreja – Cais da Ribeira de Mourão e Cais da Ribeira de Veiros.

A empreitada tem o objetivo de implementar medidas mitigadoras de contenção do avanço das águas e degradação de margens e dotar a frente lagunar de condições de vivência e usufruto pela população, incluindo obras fluviais para proteção de margens, técnicas de engenharia natural, execução de açude, infraestruturas de lazer, implantação de estruturas de madeira, pavimentação, demolições, movimentação de terras, requalificação ambiental e sinalização. O valor do preço base do procedimento concursal é de 300 mil euros, para uma obra com um prazo contratual de 120 dias.


De uma forma global, as intervenções caracterizam-se pelo seu cariz minimalista e sem impacto ambiental, adequados à ZPE – Zona de Protecção Especial onde se inserem.

Estas medidas contribuem para a redescoberta da identidade cultural local e da riqueza natural do concelho e para estimular a vivência da Ria de Aveiro, um património natural anteriormente ignorado e agora sucessivamente retomado ou descoberto.

Estarreja dá mais um passo significativo que materializa uma já conhecida prioridade municipal: Virar Estarreja para a Ria.