140 anos do nascimento de Egas Moniz

Figura da medicina mundial é relembrada pelo Município

Avanca, 29 de novembro de 1874. Nascia aquele que viria a ser o Prémio Nobel da Medicina em 1949, o médico e cientista António Caetano de Abreu Freire. O Município de Estarreja assinala a efeméride 140 anos depois. No dia 29 de novembro, próximo sábado, uma tertúlia (15h30, Casa-Museu) e um concerto (21h30, Cine-Teatro) prestam homenagem a esta figura da medicina mundial.

quarta, 26 de novembro 2014

Avanca, 29 de novembro de 1874. Nascia aquele que viria a ser o Prémio Nobel da Medicina em 1949, o médico e cientista António Caetano de Abreu Freire. O Município de Estarreja assinala a efeméride 140 anos depois. No dia 29 de novembro, próximo sábado, uma tertúlia (15h30, Casa-Museu) e um concerto (21h30, Cine-Teatro) prestam homenagem a esta figura da medicina mundial.
 
A Casa Museu Egas Moniz, onde viveu o investigador, receberá às 15h30 a tertúlia “Recordar Egas Moniz, Conversa Com e Em Família…”, com a presença dos sobrinhos netos do professor, Álvaro Macieira Coelho, António Macieira Coelho e Eduardo Macieira Coelho. Quem melhor do que os próprios familiares de Egas Moniz, que com ele conviveram, para lembrar e dar a conhecer outras facetas para além da do cientista.
 
Trazer “à memória coletiva o génio e o pioneirismo da nossa maior personalidade na História da Medicina e um dos filhos mais diletos da nossa terra” é um dos propósitos da Câmara Municipal de Estarreja conforme explica o Vereador da Educação, Cultura e Ciência, João Alegria, que expressa “um grande sentimento de admiração e gratidão por tudo o que Egas Moniz foi, fez e deixou para a Humanidade. A todos nós compete continuar o trabalho de divulgação da pessoa e obra de Egas Moniz”. João Alegria destaca o testemunho de Álvaro Macieira Coelho no artigo “As Descobertas de Egas Moniz e o seu contexto histórico”, recentemente publicado na Revista Terras de Antuã nº 8. “Assim, celebramos a vida de Egas Moniz e perpetuamos a sua obra”, salienta o vereador.
 
O sobrinho-neto do Nobel sublinha a atualidade da obra de Egas Moniz, valorizada com as enormes barreiras que o investigador teve que derrubar. “Já se desvaneceram as circunstâncias nas quais se desenrolaram as suas enormes contribuições científicas. É por isso essencial relembrar que, dado o contexto, foi necessário um espírito titânico para levar a cabo os seus empreendimentos. Uma contribuição científica vale evidentemente pela sua função inovadora, mas o seu valor é reforçado quando tem que vencer a oposição dos conceitos da época”.
 
O dia comemorativo culminará às 21h30, no Cine-Teatro de Estarreja, com o concerto “Banda Bingre Canelense revisita Richard Wagner”, com direção musical do maestro Nelson Aguiar e voz de Susana Milena. Com um programa desenhado ao gosto do Nobel, fica a homenagem musical a um homem, amante da cultura, que fez história na ciência. “O deslumbramento pela música de Richard Wagner levou o casal Egas Moniz, alguns anos seguidos aos festivais de Bayreuth”, escreve António Macieira Coelho, sobrinho-neto do reconhecido neurologista nascido em Avanca, mostrando quanto Egas Moniz apreciava o compositor alemão. 
 
O programa do concerto, composto por duas partes, dedica a primeira a compositores como Händel Messiah, Georges Bizet e Giulio Caccini, deixando a segunda a viajar pelas principais óperas de Wagner, como Lohengrin e Rienzi, sem esquecer The Ride of The Valkyries, uma das suas peças mais conhecidas. Um momento solene, onde se recordam dois génios nascidos no século XIX.
 
 
+ info www.casamuseuegasmoniz.com