O Eco-Parque de Estarreja é um caso de sucesso

Basílio Horta, presidente da AICEP, elogia o projecto municipal

sexta, 22 de fevereiro 2008

Basílio Horta não conhecia o Eco-Parque Empresarial de Estarreja e ficou surpreendido com as condições e o dinamismo económico local. A opinião do presidente do Conselho de Administração da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE, sobre Estarreja e o seu modelo de desenvolvimento económico não podia ser mais positiva. Elogiou o novo Eco-Parque do Município e a sua política de desenvolvimento.

Em visita a Estarreja esta manhã, Basílio Horta reuniu com o presidente da Câmara Municipal de Estarreja, ficou a conhecer o Eco-Parque, a Quimiparque e futuras zonas de implantação empresarial, nomeadamente a Plataforma Logística de Estarreja junto à A1 e A29. A fechar o périplo interveio numa palestra para empresários.
 
O responsável máximo da AICEP, um determinante agente para o desenvolvimento económico do país, leva “a melhor das impressões do Eco-Parque” por ser “um modelo muito interessante, não só pela vocação do próprio parque como também pela orientação que a Câmara Municipal está a dar. Trata-se de um projecto perfeitamente ajustado e um caso de sucesso”, comentou.

Na opinião de Basílio Horta, Estarreja é cada vez mais diversificada havendo outros sectores importantes para o desenvolvimento equilibrado da região, para além do sector químico, o que o leva a classificar o modelo de desenvolvimento existente de “muito bom”, referiu. “Estarreja tem condições das mais atractivas do país. Esta zona tem um contributo importantíssimo para o nosso crescimento económico”, reunindo grandes empresas e uma multiplicidade de PME’s.

Face ao dinamismo económico existente, Basílio Horta diz que está “muito interessado em trabalhar com a Câmara Municipal de Estarreja. Estou ao dispor para tudo o que for necessário, desde a divulgação à gestão de parques. Os próximos passos vão depender da vontade da Câmara Municipal e do encontro de vontades entre as duas entidades”.

O Município vê na AICEP “uma fonte de atracção de investimento nacional e internacional”, declarou o Presidente da Câmara, José Eduardo de Matos, que quer aprofundar mais as activas relações já existentes com a Agência de uma forma global. Exemplificou com  as áreas da promoção e gestão do Eco-Parque, na sua expansão, com crescimento para norte e numa área de 74 ha, como previsto na revisão do PDM; na concretização da Plataforma Logística; no desenvolvimento do Plano de Pormenor da Quimiparque. Ou seja, a AICEP pode ser uma voz defensora dos projectos de Estarreja junto do Governo.
 
A Câmara está por isso interessada em estudar um modelo de cooperação estratégica e forte com a AICEP. “Eles reconhecem-nos um conjunto de condições e capacidades, que são de referência em Portugal. Temos colaborado ao nível da instalação de empresas e queremos estreitar ligações”.

No encontro com os empresários, José Eduardo de Matos realçou que Estarreja está num ponto de mudança. “A Câmara está a criar condições físicas para a instalação de novas empresas assim como a deslocalização de empresas locais, num mandato centralizado no desenvolvimento económico”.


Perante uma plateia de cerca de 5 dezenas de empresários e instituições, Basílio Horta falou sobre a importância do investimento privado e da internacionalização da economia portuguesa. Os clientes da empresa pública que dirige são as empresas em prol de uma missão nacional: desenvolver a economia portuguesa, projectar Portugal e o desenvolvimento económico português. A AICEP é o resultado da fusão da API (visava grandes clientes e empresas) e do ICEP (destinado a PMEs) e hoje assume um grande desafio, o incremento das PMEs no domínio da internacionalização.

Basílio Horta explicou que a agência detém uma rede mundial, estando presente em 40 países, sendo este “um instrumento importante para a internacionalização das PME’s” na medida em que esta rede externa pode dar apoio local ao empresário que queira entrar no mercado externo. Por outro lado, a AICEP disponibiliza um capital de risco para projectos consistentes, existindo um orçamento global de 80 milhões de euros para esse fim.