Eco-Parque Empresarial: Inauguração já com novas fases em vista

sexta, 02 de outubro 2009

A Câmara Municipal de Estarreja inaugurou o Eco-Parque Empresarial, um projecto onde já foram investidos mais de 11 milhões de euros, e que vai continuar a crescer estando em fase de expansão. Na entrada principal do parque, situada na Avenida Pacopar, o presidente da autarquia, José Eduardo de Matos, e o vice-presidente, Abílio Silveira, descerraram a placa comemorativa do acontecimento.

“Esta é a alavanca do progresso do nosso município”, afirmou José Eduardo de Matos, durante o acto inaugural, também ligada aos Empresários locais, às Empresas já existentes, ao Quimiparque e ao Pólo Químico, não deixando de focar também a importância da agricultura, do comércio e serviços. Mas em dia de inauguração do Eco-Parque, agora que estão concluídas as empreitadas de sinalização e arranjos exteriores, o autarca lembrou que “estamos a falar de emprego, a abrir novas empresas e a criar oportunidades” com vantagens implícitas para a fixação de pessoas e para o incremento do comércio local. “A própria AICEP reconhece este Eco-Parque como uma área empresarial de qualidade. Estamos num patamar arrojado e ambicioso”. 

Concretizado o acto inaugural e após uma visita ao Eco-Parque, o vice-presidente da Câmara, Abílio Silveira, apresentou o projecto e as fases futuras. As dificuldades existentes no processo, nomeadamente as associadas a expropriações foram referidas pelo responsável. A aquisição de terrenos foi um processo bastante moroso e de grande detalhe resultante das centenas/milhares de artigos que compõem o puzzle geográfico do espaço. “Estamos a falar de uma área de minifúndio e de milhares de artigos, num processo burocrático exigente e terrível”, sublinhou Abílio Silveira.   

A empreitada inicial foi adjudicada em 2001 prevendo uma área de 103 ha sendo que “a Área Social nunca esteve incluída nesta fase”, esclareceu. As obras tiveram início em 2002 e o primeiro contrato programa de compra e venda de terrenos deu-se em 2005 com a empresa Joluce.

Até ao momento foram vendidos 22 lotes de terreno, correspondendo a um total de 225.174 m2 e 17 empresas já instaladas ou em curso de instalação. Nas suas candidaturas estas empresas indicaram um investimento projectado total de 26,9 milhões € e a criação de 718 postos de trabalho. E continuam a decorrer negociações para a instalação de novas empresas sendo as “perspectivas risonhas”, disse o vice-presidente da Câmara.

No prazo de um mês, “450 a 500 pessoas estarão efectivamente a trabalhar no Eco-Parque” uma vez que irá começar a funcionar a empresa Tensai com 200 postos de trabalho. Abílio Silveira referiu-se à visita da comitiva da Nissan ao Eco-Parque de Estarreja em Agosto onde se incluiu uma passagem pela unidade fabril da Tensai. Os japoneses “ficaram admirados com a qualidade das instalações”. 

O investimento económico no Eco-Parque (incluindo aquisição de terrenos, infra-estruturação, projectos e serviços) foi até agora de 11.573.565,64 €, sendo que 75% provieram do esforço financeiro directo da Câmara Municipal e 25% de financiamento comunitário FEDER.
Relativamente ao futuro, a autarquia prepara-se para lançar o concurso para execução do projecto tendente à ligação do Eco-Parque à variante E.N.224 e irá terminar o projecto toponímia com indicação à localização das empresas. O reforço do fornecimento de água industrial, o condomínio empresarial e a videovigilância das vias são outras valências previstas. A videovigilância com câmaras, que permitirá “os empresários poderem verificar o que se está a passar na zona envolvente à sua instalação” e a vigilância nocturna presencial são apostas da autarquia.

“Um aspecto determinante” é a Área Social com uma área prevista de 21,30 ha. Está em preparação o projecto de arquitectura e engenharia para a Zona Social com valências como Recepção, Sala de Reuniões, Auditório, Cafetaria e Restaurante, Incubadora de Empresas, Salas e Espaços para Serviços. “Queremos que esta seja uma zona de referência”. 

Ampliação em curso

Outro desafio que se coloca é a expansão da área empresarial até à Variante do Eco-Parque. Teve início o procedimento para a revisão do Plano de Pormenor (PP) Perímetro I da ADP-EI (Eco-Parque Empresarial). No âmbito do projecto de investimento da CINCA, ao qual foi atribuído o estatuto de PIN – Projecto de Interesse Nacional, a empresa assegura a elaboração de uma proposta de revisão do PP em vigor, tendo celebrado com a Câmara um Contrato para Planeamento, que foi submetido à divulgação pública em Julho. A Área de Implementação Empresarial aumentará 90% de 84,77 ha para 160,80 ha. A área total aumentará de 204,17 para 289,60 ha.

Universidade de Aveiro presente

José Eduardo de Matos definiu o Eco-Parque como uma nova porta que se abre. Mas que já tem uma janela aberta ao conhecimento, à inovação e à tecnologia, assumindo  a importância da dimensão Região de Aveiro e da parceria com a Universidade na construção de um novo modelo de desenvolvimento.

Presente na sessão esteve Rosa Pires, Pró-Reitor da Universidade de Aveiro (UA), que considera que o Eco-Parque está “a criar condições para acolher empresas e a criar redes na sociedade global”, no espírito dos projectos que estão a ser desenvolvidos pelos municípios da Região de Aveiro em parceria com a UA, nomeadamente o Parque de Ciência e Inovação. Em projecto para um pequeno espaço contíguo à UA, este parque pretende “estimular a interacção entre empresas, investigadores e autarquias” interagindo com áreas de acolhimento empresarial, como já o é o Eco-Parque.