Cine Teatro de Estarreja apresenta: Legendary Tiger Man

Este evento inaugura o conceito <a href="mailto:noitesduplas@cte">noitesduplas@cte</a> que pretende associar espectáculos na sala principal a after-party no Bar CTE. Nesta noite seguir-se-á a actuação da banda de punk blues The Bonnevilles e a actuação de DJ Rasef, com entrada livre para os espectadores do concerto de Legendary Tiger Man.

terça, 20 de outubro 2009

Sábado,  24 de Outubro a partir das 22H30 Legendary Tiger Man apresenta Femina, um trabalho que vive de duetos não tradicionais, com mulheres.

Duetos de som e imagem, em estúdio e ao vivo.


As músicas são compostas em conjunto com as Artistas convidadas – o universo particularmente cru do Legendary Tiger Man foi invadido pelo toque e sentir feminino, num disco cantado em diversas línguas (Italiano, Português, Francês, Inglês).

Estas convidadas são, não só cantoras, mas também actrizes, artistas plásticas e instrumentistas de renome internacional.
Asia Argento foi a primeira artista convidada. Actriz e cineasta de renome mundial, descobriu, em Roma, que tinha dentro de si duas canções para oferecer ao Legendary Tiger Man.

Outras artistas manifestaram vontade de oferecer Femina ao Legendary Tiger Man: Maria de Medeiros, Peaches, Becky Lee, Rita Redshoes, Lisa Kekaula (The Bellrays), Cláudia Efe (Micro Audio Waves), Phoebe Killdeer (Phoebe Killdeer & The Short Straws), Mafalda Nascimento, Cibelle e o Cais do Sodré Cabaret. Continua a ser uma one-man band, mas com muitas mulheres por companhia.
Cada tema foi trabalhado individualmente com cada artista, num determinado espaço e ambiente – é aqui que o Tiger Man explora cada Femina até lhe retirar o que de melhor ela tem para lhe dar.

O ambiente criado em estúdio serviu para criar curtas-metragens concebidas em sintonia com cada tema, em que cada artista convidada é a figura principal.

"The desire of the man is for the woman, but the desire of the woman is for the desire of the man.”
Madame de Stael

Lucille não era uma mulher, mas uma guitarra que BB King incendiava com os dedos quando os blues queimavam. E Big Mama Thornton não era um símbolo sexual, mas cantava «Hound Dog» com mais cio do que Elvis. Mulheres e rock and roll. História antiga. E eterna. Novo capítulo: Femina, o novo álbum de Legendary Tigerman, assombrado alter-ego de Paulo Furtado que desde 2002 explora as margens dos blues electrificados, com a guitarra encharcada num reverb que a atira para outro tempo.
 
O novo álbum de Legendary Tigerman documenta muitos encontros. Com Asia Argento, Maria de Medeiros, Peaches, Becky Lee, Rita Redshoes, Lisa Kekaula (The Bellrays), Cláudia Efe (Micro Audio Waves), Phoebe Killdeer (Phoebe Killdeer & The Short Straws), Mafalda Nascimento, Cibelle e o Cais do Sodré Cabaret. Continua a ser uma one-man band, mas com muitas mulheres por companhia. «Foi há cerca de dois anos e meio», explica Paulo Furtado, «que esta ideia começou a tomar forma. Falei quase ao mesmo tempo com a Cibelle e com a Asia Argento e foi de certo modo com elas que o projecto começou a tomar forma. Ao princípio sabia que queria gravar com mulheres, experimentar diferentes modos de escrever e trabalhar os temas e foi com estes dois nomes que a coisa definitivamente embalou. Curiosamente a Asia foi a primeira pessoa com quem gravei e a Cibelle a última».
 
De certa maneira, Femina é a concretização de uma série de fantasias estéticas e Paulo Furtado escreveu não com uma ideia difusa de mulher na cabeça, mas com alvos muito concretos: «muitas das canções foram feitas directamente para cada uma destas mulheres. Não só com as vozes e o trabalho delas em mente, mas também com aquilo que elas são e representam como mulheres». E nesse sentido, Femina é também uma série de intensos diálogos e não de simples retratos. «Eu acho que os homens não conseguem cantar as mulheres», confessa Paulo Furtado. «Acho que somente conseguem cantar uma certa imagem da mulher». E por isso, Paulo pediu-lhes que cantassem para ele.
 
Com ideias muito precisas em mente, Paulo Furtado entendeu desde o início que Femina é um processo que ultrapassa as canções deste disco e até o próprio formato de canções. É o arranque de uma história de que ele próprio desconhece ainda o desfecho. As abordagens foram determinadas e determinantes: «A Asia foi pelo MySpace – enviei-lhe uma mensagem e vim a descobrir que ela adorava o meu trabalho. A Peaches foi por email que a contactei. Depois combinámos uma sessão de estúdio e gravámos numa manhã a voz dela, tendo havido depois várias alterações na estrutura da música por sugestão dela.
Com a Rita Redshoes ela levou as pistas e gravou as vozes em casa, sozinha, e só nos encontrámos em estúdio para gravar o piano ao vivo… Foram processos muito diferentes e houve muita troca de ideias à volta das músicas». Diálogos, portanto.

Femina irá existir em muitos suportes e dimensões: analógico e digital, em vinil e em dvd, uma vez que além das canções há as curtas metragens que Paulo Furtado criou para documentar cada um destes encontros, cada um destes diálogos. E há a música – uma espantosa colecção de canções que arranham e acariciam, onde a guitarra é mais uma voz que se junta à de Legendary Tigerman e de cada uma das suas convidadas numa série de 13 conversas intensas – mais duas de bónus – tocadas pela chama intemporal dos blues, pelo espírito abrasivo do rock and roll, por tonalidades country e lounge, como se Paulo Furtado tivesse viajado entre o Delta, as grandes planícies do Texas e o Havai e todas as cidades onde caves com fumo escondem palcos mal iluminados onde estas canções podem existir. Femina é também um disco apaixonado: pelo som – cuidadosamente pensado por Nelson Carvalho, que assina um excelente trabalho ao emoldurar estas canções com a atmosfera certa – e pelas vozes que aqui surgem como personagens em histórias de amor e desamor, de encontros e desencontros. Há originais que resultam da colaboração de Legendary Tiger Man e das suas convidadas e há igualmente versões - «These Boots Are Made For Walking», original de Lee Hazlewood para Nancy Sinatra que Maria de Medeiros interpreta na perfeição; «Lonesome Town», cartão de visita para a dor de alma já cantada por muitas grandes vozes e a que Rita Redshoes dá a espessura perfeita; («Thirteen» que Glenn Danzig, homem dos Misfits, gravou a solo e a que Mafalda Nascimento se entrega e «True Love Will Find You In The End», de Daniel Johnston, aqui revista com a ajuda de Cibelle, são os dois temas extra deste álbum).
 
Depois de In Cold Blues (2002), Fuck Christmas, I Got The Blues (2003), Naked Blues (2004) e Masquerade (2006), Femina é a nova afirmação do extraordinário talento de Legendary Tigerman. E a história, como já se explicou, ainda agora está no início. «Não sei quando estará concluído este ciclo. Para já gravei 21 músicas. Fundamentalmente tenho que sentir que o Femina está terminado e não é isso que eu sinto agora. Talvez quando gravar com a Marianne Faithfull». Quem sabe?...


A História I
The Legendary Tiger Man é o alterego de Paulo Furtado, multifacetado Artista de Coimbra, Portugal.
Inspirado no velho formato de one-man-band nascido nas margens do Delta do Mississipi, é um conceito adaptado e vivido no Século XXI, com uma estética muito particular – ao formato analógico tradicional (bombo, prato de choque, guitarra) juntam-se, sem pudor, soluções electrónicas. O resultado conhecido é explosivo.
Ao vivo, as prestações não permitem indiferença na assistência – um homem, muitos instrumentos, o passado fundido com o amanhã.
O Tiger Man vive sobretudo no palco e realiza regularmente Digressões em vários Países e (porque não) Continentes – Portugal, Espanha, França (foi o o primeiro português a actuar no Festival Transmusical, em Rennes, importante rampa de lançamento a nível europeu), Suiça, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, E.U.A, Japão (Fuji Rock Festival – 7 Espectaculos em três dias, no maior Festival do mundo), Brasil.
Em Portugal, é, em 2008, um dos convidados especiais do Festival Rock in Rio Lisboa.

A História II
Mas, The Legendary Tiger Man não é só um projecto musical – aqui, a imagem, através (sobretudo) do cinema e da fotografia são tão importantes como a música.
Masquerade, o último Album de originais (editado em 2006), apresenta um dvd com curtas-metragens de Edgar Pêra, Paulo Abreu, Rodrigo Areias & Paulo Furtado, entre outros.
Ao vivo, estes filmes ganham vida em tela de cinema, sendo o Espectáculo a tradução de autor do que se pode intitular de Rock’n’Roll Soundtrack.
A internacionalização do Legendary Tiger Man acontece com o primeiro Album, Naked Blues, licenciado para todo o mundo pela lendária editora espanhola Munster Records.

O Mito
Um dia, algures no tempo e no espaço, o Legendary Tiger Man foi convidado pelo mui renomado fotógrafo Jean Baptiste Mondino para uma sessão que é hoje um verdadeiro mito urbano. Depois de Madonna, Cobain & Courtney, U2, REM e tantos outros, The Legendary Tiger Man está na galeria dos cromos mais dificeis.

Os Factos
The Legendary Tiger Man é Guest Star da longa metragem Une Nuit de Chien, de Werner Shroeter, num cameo que o vai levar aos grandes Festivais mundiais de cinema, em 2009. Filmado em Abril de 2008.
Participou como actor e criou a banda sonora da longa metragem Tebas, de Rodrigo Areias (2007, estreia em 2008).
Criou Electricidade Estática, comissariado por Delfim Sardo – projecto de Video-Arte-Concerto – em parceria com Julião Sarmento, João Louro e João Luís Carrilho da Graça.
Antestreia em Paris e Estreia no Grande auditório do CCB (2007).

Editou até ao momento, sempre com edição internacional:
Naked Blues (Vinilo & CD) – Esgotado
Fuck Christmas, I got the Blues (CD) – Esgotado
Fuck Christmas, I got the Blues (EP, Vinilo) – Esgotado
Big Black Boat (EP, Vinilo) – Esgotado
In Cold Blood (Livro de fotografias & CD de Remisturas) – Esgotado
Masquerade (CD & Vinilo)

 MÚSICA 7,5€ | ENTRADA LIVRE NO BAR CTE
BILHETES À VENDA NO LOCAL E NA LOJA DE DISCOS WAH WAH (NO MERCADO NEGRO EM AVEIRO)

noitesduplas@cte | CONCERTO SEGUIDO DE AFTER-PARTY NO BAR CTE
ONE-MAN BAND | BLUES | ROCK | M/3
LEGENDARY TIGER MAN
FEMINA