Câmara apoia Cerciesta: Oficina cria prendas de Natal para 450 Idosos

segunda, 16 de novembro 2009

A Câmara Municipal de Estarreja concretiza o apoio à Cerciesta – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Estarreja por via da atribuição de subsídios. O executivo camarário deliberou, por unanimidade, conceder um apoio à instituição no valor de 1.677,00 € para ajudar a suportar os custos de produção das lembranças de Natal a oferecer pela autarquia aos idosos dos lares e centros de dia do concelho.

Os artigos estão a ser produzidos no Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) da Cerci, sendo as prendinhas confeccionadas, mais uma vez, pelos utentes da CERCIESTA. O trabalho da Cerci é muito bem-vindo e apreciado pelas Instituições de 3ª Idade e pelos seus utentes. Serão contempladas com estas lembranças muito especiais um total de 454 idosos.

Ainda recentemente, a Câmara Municipal deliberou também por unanimidade apoiar o fornecimento de refeições aos 70 utentes da Cerciesta – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Estarreja durante o ano lectivo 2009/10. À semelhança dos anos anteriores e atendendo às necessidades dos referidos utentes, o executivo deliberou deferir o solicitado pela instituição, ou seja, atribuir 1,68 € (um euro e sessenta e oito cêntimos) por refeição, 5 dias por semana. O apoio da autarquia totaliza 29.165,00 €.

No âmbito do plano de subsídios às Instituições de Acção Social para o ano de 2009, a Câmara Municipal contemplou a Cerci com um apoio corrente de 4.500,00 €. A estes apoios junta-se a comparticipação, que neste ano de 2009 foi de 5.400,00 €, destinada ao pagamento da remuneração do motorista da instituição.

O Vereador do Pelouro da Educação, João Alegria, considera que a actividade desenvolvida pela CERCIESTA é de “fundamental importância para um conjunto de pessoas com grandes necessidades educativas especiais, respondendo assim às necessidades efectivas das famílias e promovendo a integração e o desenvolvimento de competências e capacidades que sem esta Instituição ficariam abandonadas”.

O autarca destaca ainda a interacção com as várias comunidades escolares que se “tem revelado também como um recurso partilhado, com um aproveitamento dos recursos humanos e materiais que a Instituição disponibiliza”. Por isso, os apoios que a Câmara Municipal atribui à CERCIESTA são um “contributo claro na colaboração ao serviço prestado, acarinhando um trabalho único e dedicado em prol das pessoas com mais necessidades”.

3 Décadas de existência: Toda a ajuda é necessária

Na opinião da presidente da direcção da Cerci, Maria de Lurdes Breu, “esta é a forma correcta de colaborar. Não queremos a esmola. Queremos partilhar, retribuir e estar à altura do que nos dão. Trabalhamos e damos à comunidade”.
 
A CERCIESTA – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Estarreja foi constituída em 1979. Assinala três décadas de existência ao serviço dos cidadãos com deficiências físicas, comportamentais e de aprendizagem.

Apesar do apoio e suporte da Câmara Municipal, Segurança Social e Ministério da Educação e a ajuda de algumas empresas locais, “a realidade, em termos de exigência e qualidade de espaços de permanência e de novos equipamentos e serviços, não se compadece com as magras receitas de que dispomos”, alerta a presidente da direcção da Cerci, Maria de Lurdes Breu, para quem toda a ajuda é fundamental. 

Disponibilizar à comunidade mais e melhores serviços e ampliar e diversificar a oferta são objectivos definidos pela direcção. Entre os utentes, sublinha Maria de Lurdes Breu, “há um grupo muito especial que não faz nada a não ser esperar pelo nosso abraço, o nosso carinho, os cuidados de alimentação, higiene e actividades sensoriais. Eles são este ano os nossos eleitos para lhes criarmos melhores condições de vida”. É “prioritário melhorar e diversificar o apoio aos multideficientes, dedicando-lhes um novo espaço com novos equipamentos, para um dia-a-dia mais confortável e estimulante”.

Há outra questão fundamental por resolver e passa por “adquirir uma viatura adequada para o transporte dos deficientes, uma exigência legal e, mais importante, um sinal de absoluto respeito por estes nossos utentes que precisam de transporte ajustado”.

A valência Escola de Educação Especial é vocacionada para alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado, com idade inferior a 16 anos. Aqui é desenvolvido um conjunto diversificado de áreas de intervenção sócio-educativa que conduza a uma maior qualidade de vida e realização pessoal.

No Centro de Actividades Ocupacionais, criado em 1996, jovens e adultos portadores de deficiências profundas e graves aprendem a desenvolver actividades socialmente úteis uma vez que o grau de deficiência não permite o encaminhamento para outras vias de integração sócio-profissional.

Por outro lado, actua-se no sentido de estimular a autonomia pessoal e a socialização. Tecelagem, pintura, carpintaria, costura, culinária e montagens são as áreas de intervenção ocupacional, para além das actividades em contexto real de trabalho. O CAO presta ainda apoio terapêutico (fisioterapia, hidroterapia) e possibilita a frequência de expressão corporal, dramática e musical, natação, TIC e o grupo de Rancho Folclórico.