Banda Visconde de Salreu produziu musical

1 Centena de amadores no palco do CTE

quinta, 13 de maio 2010

A Banda Visconde de Salreu (BVS) apresentou o musical “Pedro e Inês – Paixão e Tragédia”, no Cine-Teatro de Estarreja, uma produção da BVS, vista por cerca de 3 centenas de espectadores. Este espectáculo surgiu como resposta ao desafio lançado pela Câmara Municipal o ano passado, no âmbito das comemorações do 60º aniversário da atribuição do Prémio Nobel da Medicina ao Prof. Doutor Egas Moniz.

Emocionada com o resultado final, a presidente da Banda Visconde de Salreu, Raquel, afirmou que “com trabalho e com talento tudo é possível”. “Em boa hora a Câmara lançou o desafio”, disse à plateia no final do espectáculo acrescentando que “tudo o que aconteceu aqui foi da nossa inteira responsabilidade. Foi a nossa criatividade, foi o nosso empenho que esteve neste palco”, declarou com emoção depois dos agradecimentos gerais à vasta equipa de amadores, perfazendo um total de uma centena de pessoas, composta por músicos, cantores, narrador, actores e dançarinos.

Entre a plateia esteve um espectador especial. O neto do Visconde de Salreu veio propositadamente do Brasil para assistir a mais um trabalho da Banda que herdou o nome do seu avô. Allison Campos Silva elogiou o trabalho da Banda e afirmou estar “muito contente por estar aqui e poder prestigiar a banda”. Dedicou a todos uma calorosa salva de palmas.

A direcção musical esteve a cargo do Maestro da Banda, Afonso Alves, que compôs todos os temas musicais. O texto tem a assinatura de Raquel Jesus, presidente da direcção da BVS. As vozes do espectáculo foram os cantores Cláudia Abreu, Diana Meireles, Bruno Henriques e Miguel Oliveira, participantes no Festival da Canção da BVS, e na narração esteve José Ferreira. 10 actores amadores encenaram a história dramática de Pedro e Inês. A peça teve ainda a participação do Estúdio de Dança Margarida Valle.

A autarquia apoiou este trabalho da Banda, com um subsídio de 5 mil euros, atendendo aos custos de produção do evento e tendo em conta que foi a primeira ópera a ser apresentada no Cine-Teatro de Estarreja, além de que se enquadra na estratégia do desenvolvimento local através de mais oferta cultural produzida por colectividades locais.

O espectáculo assinalou também uma das actividades comemorativas do Centenário da República, relevando a figura marcante de Egas Moniz que desempenhou importantes cargos na I República, nomeadamente Deputado, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Presidente da Delegação Portuguesa na Conferência da Paz, em Paris.