Câmara de Estarreja com bons níveis de liquidez

Dívida a empreiteiros é muito inferior à de 2001

O desempenho equilibrado e responsável continua a marcar a execução orçamental da autarquia estarrejense, sobressaindo a disponibilidade financeira da Câmara que atinge os 3 milhões de euros, a diminuição do prazo de pagamento a fornecedores para 60 dias e a diminuição da dívida a empreiteiros que representa 1/15 daquela que a Câmara tinha há 12 anos atrás

sexta, 27 de setembro 2013

Na última Reunião do executivo antes das eleições autárquicas, realizada esta quinta-feira, dia 26 de setembro, foi dada nota da boa situação financeira do Município. O desempenho equilibrado e responsável continua a marcar a execução orçamental da autarquia estarrejense, sobressaindo a disponibilidade financeira da Câmara que atinge os 3 milhões de euros, a diminuição do prazo de pagamento a fornecedores para 60 dias  e a diminuição da dívida a empreiteiros que representa 1/15 daquela que a Câmara tinha há 12 anos atrás (1,5 milhões € em 2001 e 100 mil € em 2013).

Para um orçamento de 20,9 milhões €, a Câmara Municipal conseguiu até à data, taxas de execução de 68% nas receitas e de 53% nas despesas. No seguimento do balanço semestral apresentado em julho pelo executivo liderado por José Eduardo de Matos, os resultados continuam a revelar a boa saúde financeira do Município, o que acaba por ser o reflexo do rigor na gestão dos recursos colocado ao longo dos últimos 12 anos, “acautelando o futuro e possibilitando honrar os compromissos já assumidos ou a definir a montante”, afirma o presidente da autarquia.

Se há três meses, o Município de Estarreja apresentava o maior saldo/disponibilidade financeira dos últimos anos (1,9 milhões€), esse valor é agora superado para o total de 3 milhões € (valor atualizado a 25-09-2013). De acordo com o vice-presidente Abílio Silveira, responsável pelo Pelouro das Finanças, “o balanço global continua a revelar que a Câmara podia saldar todas as dívidas atuais a fornecedores e ainda ficaria com 2 milhões €, para fazer face às obras em curso e às opções do próximo executivo”.

Neste curto espaço de tempo, desde junho, a autarquia reforçou ainda a capacidade de pagamento a fornecedores. Se há 3 meses já conseguia pagar em 72 dias, em setembro e segundo dados previsionais da Inspeção Geral de Finanças o prazo médio situa-se nos 60 dias. De ressalvar que este numero é fortemente influenciado pela divida à EDP, sob a qual existe um diferendo entre a Câmara e este fornecedor. Houve “um duro esforço de toda a organização”, do executivo aos colaboradores, para conter gastos e cumprir a Lei dos Compromissos e Pagamentos em atraso. “Os resultados dessas opções, nem sempre entendidas,  resultam neste quadro de equilíbrio e de boa gestão municipal”, acrescenta Abílio Silveira.

A dívida a fornecedores situa-se nos 871,344€ (dívida a 19 de setembro de 2013), dos quais 100 mil € a empreiteiros e 377 mil € que decorrem de um diferendo com a EDP, proveniente de valores faturados que a Câmara está a contestar. Se a 20-12-2001 a Câmara devia a empreiteiros 1,5 milhões €, hoje esse valor diminuiu consideravelmente para 100 mil €, “provando que se conseguiu apoiar coletividades e investir, assim como recuperar os níveis de endividamento”, salienta José Eduardo de Matos. O vice-presidente remata que “esta é a herança que fica deste executivo camarário”.


Dados a reter
» Taxas de execução de 68% nas receitas e de 54% nas despesas
» Liquidez de 3 milhões €
» Pagamento a fornecedores em 60 dias
» Redução muito significativa da dívida a empreiteiros