Câmara Municipal cede Edifício do Agro para funcionamento da Cerciesta

A Câmara Municipal cede gratuitamente à Cerciesta o edifício da desativada Escola do Agro onde irá funcionar a instituição. A mudança será gradual uma vez que a Cerci não tem meios para dar resposta às imposições “excessivas” da Segurança Social, conforme refere a Presidente da Direção, Maria de Lurdes Breu. Diamantino Sabina, reaviva a esperança podendo o novo quadro comunitário constituir uma “oportunidade” para a concretização da obra.

segunda, 10 de novembro 2014

A Câmara Municipal de Estarreja cede gratuitamente à Cerciesta o edifício da desativada Escola do Agro onde irá funcionar a instituição. A mudança será gradual uma vez que a Cerci de Estarreja não tem meios para dar resposta às imposições “excessivas” da Segurança Social, conforme refere a Presidente da Direção, Maria de Lurdes Breu. O Presidente da Autarquia, Diamantino Sabina, reaviva a esperança podendo o novo quadro comunitário constituir uma “oportunidade” para a concretização de uma obra tão importante para a comunidade.

A Câmara Municipal de Estarreja e a Cerciesta formalizaram o protocolo de cedência a título de comodato das antigas instalações da Escola do Agro para funcionamento da instituição.

Sendo “uma escola que estava inativa, faz todo o sentido que seja aproveitada para uma obra emblemática como a Cerciesta”. Trata-se de “um primeiro passo com muita boa vontade do Município”, começou por dizer o Presidente da Câmara Municipal, Diamantino Sabina antevendo os “novos passos a dar, não menos importantes, e que vão dar trabalho e um esforço suplementares”. Além do apoio na cedência gratuita do edifício, a Câmara Municipal elaborou o projeto de arquitetura de adaptação ao funcionamento da Cerci de Estarreja.


Cerciesta lamenta exigências da Segurança Social

Maria de Lurdes Breu prevê que até ao final do ano esteja em funcionamento no Agro a Unidade de Bem-Estar, nomeadamente no antigo edifício destinado ao pré-escolar onde a instituição está a realizar as necessárias obras de limpeza e adaptação. “Depois, lentamente e logo que pudermos, vamos mudando os outros serviços consoante as obras que formos conseguindo fazer. Não vejo com tantas exigências, que possamos arranjar cerca de 1 milhão de euros”, lamenta a responsável pela instituição referindo-se às imposições determinadas pela Segurança Social.

“Com as exigências de quem sonha que vive na Suécia e mora aqui nesta ponta da Península Ibérica tesa e cada vez mais falida, a legislação é aquilo que se diz: ‘a letra não dá com a careta’. Com muito pouco dinheiro transformávamos aquilo numa Cerciesta condigna, eficiente e eficaz”, critica Maria de Lurdes Breu. “São ideias erradas de quem não conhece a verdadeira realidade: o refeitório tem que ser maior, a cozinha tem que ser maior, temos dois CAO, cada um tem que ter sala de convívio, quando os alunos são os mesmos, tem que ter uma sala lúdica (…). É tudo muito excessivo”, reprova.

Conclui dizendo que o processo terá que ser lento, mas a cedência do edifício “é um passo firme que nos dá a certeza que a caminhada nos levará ao sítio certo e que a Cerciesta terá ali a sua sede”.

Sobre as “exigências por parte da Segurança Social que levam a que se tenha que fazer obras substanciais”, Diamantino Sabina referiu que a Câmara Municipal de Estarreja não pode garantir o financiamento “e mesmo a Cerciesta não tem meios para avançar para uma obra desta envergadura”. Contudo, a concretização deste sonho ainda pode ser possível no âmbito do novo quadro comunitário Portugal 2020 que indica mecanismos de apoio para equipamentos sociais. “Há aqui uma oportunidade para o Município, mais uma vez, poder ajudar a Cerciesta e dar esse apoio para se poder candidatar a fundos europeus para que a obra se concretize. Não deixa de ser viável, faz todo o sentido que seja e vai ser viável”, afirmou confiante Diamantino Sabina renovando as esperanças da direção da instituição.