No Dia Mundial do Livro, a Biblioteca Municipal tem livros para oferecer

Hoje é o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Para assinalar esta data, a Biblioteca Municipal tem livros de Joaquim Lagoeiro para oferecer a todos os leitores que passarem pela Biblioteca até ao final do dia.

terça, 23 de abril 2019


Vamos recordar o escritor veirense, Medalha de Mérito do Município em 2006, e celebrar o contributo do escritor para a cultura do município e do país.

Esta efeméride é uma iniciativa internacional da UNESCO e celebrou-se pela primeira vez em 1996, para promover o livro e a leitura como ferramentas de inclusão e de formação cívica. Assinala ainda a morte do autor espanhol Miguel de Cervantes e do dramaturgo inglês William Shakespeare, a 22 e 23 de Abril de 1616, respetivamente.

A vida e a herança literária de Joaquim Lagoeiro
Ingressou no Seminário, donde lhe provieram as primeiras influências literárias, associadas também ao facto de ter nascido e crescido em terra de emigrantes.
Com obras como "Viúvas de Vivos", "Madre Antiga" e "Milagre em S. Bartolomeu", construiu o que chamou "Tríptico da Terra".

Reformado e residente em Lisboa, mas nunca esquecendo a sua terra, muito pelo contrário, vinha sempre que podia e, sobretudo, mantinha contínua relação escrita com os periódicos locais. Da estadia na capital surgiu, "Mosca na Vidraça", "Manto Diáfano", "As Castigadas", “Os Fraldas”, “Corda Bamba”, “Santos Pecadores”, “Almas Danadas”, “O Poço”, “Cafarnaum”, “Mar Vivo”, “Caiu um Santo do Altar”, “A Congosta”, “Ramilhete Espiritual de Estórias Profanas”, “Manual de Casos de Consciência”, “Flor de Sal – Sonetos de Amor e Escárnio”, “Uma Lágrima do Céu”, “Desconstrução”, entre outras.

De referir, que entre outros, recebeu elogios de Julião Quintinha, Artur Portela, Tomás de Figueiredo e Urbano Tavares Rodrigues, que consideram Joaquim Lagoeiro um dos grandes valores do romance Português da segunda metade do séc. XX. 

Faleceu a 11 de março de 2011, aos 92 anos. Tinha acabado de rever “Português sem mestre III”, a sua última criação, editada pelo Município de Estarreja em setembro de 2018, no âmbito do programa comemorativo do centenário do seu nascimento, promovido pela autarquia.

A obra
Joaquim Lagoeiro foi um exímio contador de histórias. O escritor veirense deixou uma extensa bibliografia onde não só se contam romances, mas também contos e novelas, literatura infantil, crónicas e poesia.

Romances
Viúvas de vivos, 1947
Os Fraldas, 1951
As Castigadas, 1953
Corda Bamba, 1955
Mosca na Vidraça, 1959
O Manto Diáfano, 1961
Santos Pecadores, 1965
Madre Antiga, 1968
Almas Danadas, 1970
Milagre em S. Bartolomeu, 1972
O Poço, 1974
Cafarnaum, 1974
Mar Vivo, 1998
Caiu um Santo do Altar, 1999
A Congosta, 2000

. Contos e Novelas
Ramilhete Espiritual de Estórias Profanas, 2001
Manual de Casos de Consciência, 2002
Desconstrução, 2003
Assim no Céu como na Terra, 2006
O Baile, 2010

. Contos Infantis
Uma lágrima do Céu, 2002
Estórias Pequeninas, 2008
. Crónicas Linguísticas
Português sem Mestre, 2007
Português sem Mestre 2, 2009

. Poesia
Flor do Sal – Sonetos de Amor e Escárnio, 2004
João, 2006
Erótica e Satírica, 2010

. Varia
Palavras Ditas, 2002
Tomaz de Figueiredo, 2003